09 janeiro 2008
20. – Um reduto para a contracultura - história do surf em Wavetoon - 1970
Capítulo 19... Foi inevitável. A notícia espalhou-se rapidamente e em poucos dias todos que pegavam onda em Wavetoon começaram a freqüentar o local. Com os surfistas vieram as garotas e com elas o resto da rapaziada, artistas, músicos e malucos de todo o tipo. O local propiciava uma certa privacidade, pois a empreiteira que fez a obra não retirou as enormes quantidades de areia que foram movimentadas e assim o Píer ficou cercado por dunas que lhe protegiam da visão da cidade, mesmo estando na cara da Avenida Beira-Mar. Além disso, o enorme movimento de areia foi a causa do fantástico banco que se consolidou ao lado dos pilares quase que instantaneamente, propiciando ondas de sonho para o espanto e delírio da rapaziada. Parecia um presente dos deuses. Aquele espaço de areia no centro da cidade era como um clube, um reduto de liberdade em tempos de repressão, onde só iniciados estavam aptos a freqüentar. Os “caretas” como eram chamados os repressores e os reprimidos, não tinham a malandragem necessária para pisar naquele território, assim era natural que não se sentissem muito à vontade em passar por ali, talvez por levarem a censura na mente ou a culpa no coração. Enormes quantidades de energia e sinergia positiva tomaram conta do espaço e qualquer coisa podia rolar a qualquer momento, sem qualquer preconceito ou censura, tornando o Píer um paraíso para todas as formas de expressão, coletivas ou individuais.... segue
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