
Quando eu abri os olhos, ela estava ali bem na minha frente, apontando aquele enorme cano para o meio da minha testa. Pela porta escancarada da barraca, entrava o brilho da lua ferindo a minha visão, impedindo que eu conseguisse distinguir o seu rosto. O cheiro do oceano, misturado ao maravilhoso perfume que parecia vir de seus cabelos, impregnaram minhas narinas, mantendo-me em um estado semi-onírico, mas ao mesmo tempo fazendo-me ter certeza que eu estava diante de uma mulher. A cena parecia paradoxal, não faz sentido eu pensava, enquanto tentava inutilmente sair de dentro do saco de dormir, ser assaltado por uma mulher bonita (pelo menos até ali, o cheiro que vinha dela me fazia pensar que ela era bonita).
...continua
Nenhum comentário:
Postar um comentário