25 março 2008

CANDICE - capítulo 09

Leia os capítulos anteriores – Mais relaxado, sentei encostado numa pedra e fiquei algum tempo observando a ilhota. Ela é realmente bem próxima da costa, uns 500 metros da terra, calculei.
Baseado no fato de que depois da ilha, a costa toda parecia intocada, e que ela era igualzinha a do meu sonho na noite anterior, ponderei para mim mesmo que as garotas só poderiam estar por lá. É muita coincidência, pensei. Resolvi então descer o morro em direção à ponta da baía, para chegar mais próximo da ilha e observá-la melhor.

Enquanto descia, ia prestando atenção no caminho para não tropeçar nas pedras e buracos do percurso e assim de vez em quando levantava a cabeça para olhar o meu objetivo e acertar o meu rumo. Paisagem exuberante! Conforme eu me aproximava da ponta de pedras, a cada passo, eu descobria novos recantos e encantos na enseada, enquanto o sol da manhã aquecia meu lombo e o vento da terra batia nas minhas costas trazendo um cheiro de mato molhado. Apesar da minha situação, me peguei olhando para tudo aquilo com o deslumbramento de uma criança. Eu sorria e estava feliz.

Numa das vezes em que levantei a cabeça, minha visão enquadrou a ilha e fez com que meu coração batesse mais forte. Uma fumaça vertical subia por trás de um morro no canto norte. Corri os poucos metros que faltavam até a ponta de pedras mais extrema do continente e afinando a visão fiquei analisando cada detalhe da paisagem em busca de mais vestígios. Numa pequena praia de areias brancas bem no meio da ilha, estava o elemento que faltava para confirmar minhas suposições. No canto sul da prainha, encostado em uma pedra, visualizei o bote das garotas. O sentimento de felicidade que preenchia o meu peito, movido pela beleza do lugar, transformou-se rapidamente em euforia e quando dei por mim, estava nadando afoitamente em direção a ilhota, imerso na aventura em elas haviam me metido. Continua...

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