22 agosto 2008

CANDICE capitulo 22

leia os capítulos anteriores - A pirâmide tinha mais ou menos um metro de altura. Empurrei a pedra do topo e fui movendo uma a uma até surgir um volume enrolado numa lona plástica. Parecia uma caixa. O Rato não parava de latir e aquilo começou a me deixar nervoso. Dei uma corrida no cara e continuei concentrado na tarefa, já supondo ansiosamente o que eu poderia encontrar ali.
Lá de cima olhei para a arrebentação e uma série quebrando perfeita passou rolando ao lado das rochas enquanto uma brisa da terra suavemente alisava as cristas atraindo minha atenção de maneira hipnótica. Quando o meu olhar se voltou para baixo, a lona havia sido removida pelo vento revelando-me o conteúdo.

Um saco de 50 kg de ração para cães? Putz...que merda! Então é por isso que você me fez vir até aqui! Cachorro danado! Desanimado com a revelação, voltei meu olhar para o mar enquanto o Rato caía de boca no pacote. A imagem de um veleiro branco cruzando a linha do horizonte tornou inquieto o meu espírito, foi o primeiro barco que eu vi passar por ali enquanto estava na ilha. Inevitável pensar nas garotas. Mas ele estava bem longe e ia numa direção oposta a minha. Assim, cansado e meio sonolento, deitei sobre o rochedo aquecido pelo sol com as mãos atrás da nuca. Aconchegado pelo calor da pedra e embalado pelo ruído ritmado do oceano, meu corpo relaxou e adormeci.

- Quác, quác! O grito das gaivotas migrava do meu sonho para a realidade. Enquanto eu abria os olhos lentamente, o azul do céu contrastava com alguns pássaros brancos que sobrevoavam o meu corpo. - Quác, quác! Sonolento olhei para o lado e pude ver dezenas de gaivotas amontoando-se na tentativa de comer as sobras de ração para cães que saíam do saco arrombado pelo Rato. Junto a montes de bolinhas escuras, maços de notas espalhavam-se pelas rochas... segue

Nenhum comentário: