09 outubro 2007

Final - A última onda. Como foi contado por Tuco.

Capítulo 11... Comecei a caminhar, contornando a ponta da Ilha em direção a baía onde havíamos saltado do barco, na esperança de que Lobo, assim como eu, tivesse percorrido o mesmo caminho. Depois de algum tempo consegui avistar o barco que nos levou até lá e mais dois que possivelmente, estavam ali a nossa procura.
Não encontramos nem um sinal de Lobo, nada. Simplesmente desapareceu. O pescador que nos levou até lá, havia desembarcado e acabou assistindo todo o nosso drama da terra. Contou-me que depois de perder a prancha, Lobo tentou uma atitude totalmente insana. Pegou uma onda de peito e depois de despencar lá de cima, desapareceu.
Nunca consegui me perdoar por ter topado esta aventura. Até hoje, ainda sinto um pouco de culpa pela morte do meu amigo. Olhando com distanciamento, depois de todos estes anos, vejo que não havia a menor chance para nós contra aquelas ondas. Com a experiência que tínhamos e os equipamentos que usávamos, aquilo foi suicídio. Não sei como saí vivo.
Passaram-se anos até eu conseguir enfrentar um mar grande novamente. E o incrível é que todas as vezes que entro em um, sinto a presença de Lobo junto a mim. Há vezes em que tenho a nítida impressão de que ele dropa comigo e me segue na onda.
Leia esta história na íntegra clicando aqui.
*Esta história foi inspirada no relato de Woodie Brown sobre a morte de Dickie Cross em Waimea. Fato que tornou o local tabu por muitos anos.

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